Wesley de Cristo Leal
Depressão
A depressão vai muito além de um momento de tristeza ou desânimo passageiro. Quando ela se instala, pode transformar de maneira profunda a forma como a pessoa enxerga a si mesma, os outros e o mundo ao redor. O impacto aparece em diferentes áreas da vida: no humor, nos pensamentos e nos comportamentos do dia a dia.
No emocional, quem passa por esse desafio costuma sentir uma tristeza persistente, um vazio ou até aquela sensação de desesperança, que tira o brilho das atividades que antes traziam prazer. Muitas vezes, é difícil encontrar ânimo ou disposição, até mesmo para situações importantes ou que antes eram fontes de alegria.
Tudo isso acaba influenciando a maneira de pensar. É comum surgirem pensamentos negativos sobre si mesmo, sobre o futuro e sobre quem está à volta. Diante dessas emoções, pode ser difícil enxergar soluções ou reconhecer possibilidades à sua frente, fazendo com que os problemas pareçam ainda maiores.
No comportamento, a depressão pode levar ao afastamento de amigos e familiares, ao abandono de atividades que faziam parte da rotina ou à diminuição do interesse por situações cotidianas. A falta de energia, o cansaço e a baixa motivação criam um ciclo difícil de quebrar — e, muitas vezes, esse isolamento acaba reforçando os sentimentos negativos. Mudanças no sono e na alimentação, assim como a perda da vontade de fazer tarefas simples, também são sinais comuns.
É importante lembrar que a depressão não acontece por acaso. Ela pode ser desencadeada por experiências difíceis, situações estressantes ou relações complexas ao longo da vida. Reconhecer essas influências ajuda a entender como certos padrões emocionais e comportamentais foram construídos, e quais caminhos podem ser buscados para promover mudanças.
Embora a depressão traga muitos desafios, ela não precisa ser enfrentada sozinha. Com apoio adequado e estratégias personalizadas, é possível transformar esse momento e encontrar novas maneiras de lidar com as dificuldades, resgatando o equilíbrio e a satisfação com a vida.​
Transtorno bipolar
O transtorno bipolar é uma condição que vai além das variações comuns de humor que todos nós experimentamos. Ele se manifesta por mudanças emocionais intensas e marcantes, que oscilam entre momentos de euforia e períodos de profunda tristeza ou apatia — afetando não só o estado emocional, mas também o comportamento, os pensamentos e a forma como a pessoa lida com as situações do cotidiano.
Durante os episódios de euforia, por exemplo, é comum que a pessoa se sinta com muita energia, entusiasmo ou autoconfiança. Nesses momentos, pode agir de forma impulsiva, tomar decisões sem avaliar riscos ou se envolver em comportamentos que normalmente seriam evitados, como gastos excessivos ou atividades arriscadas. Já nos episódios de depressão, o cenário muda: há uma queda significativa na energia, sentimentos de tristeza e desânimo se tornam mais presentes, e até atividades simples do dia a dia podem se tornar difíceis de realizar. É comum também o isolamento e o surgimento de pensamentos negativos mais persistentes.
Essas oscilações não seguem uma regra fixa — variam de pessoa para pessoa, tanto na frequência quanto na intensidade. Às vezes, as mudanças são rápidas; em outros casos, cada fase pode durar semanas ou até meses. Isso acaba afetando a estabilidade da rotina, os relacionamentos e até a forma como a pessoa se percebe no mundo.
As causas e os gatilhos do transtorno bipolar são diversos. Fatores como estresse, questões familiares, ambiente social e histórico de vida podem contribuir para o início ou a intensificação dos episódios. Por isso, entender como esses diferentes aspectos influenciam o funcionamento emocional e comportamental é um passo importante para encontrar formas de lidar com o transtorno com mais equilíbrio.
Apesar dos desafios que o transtorno bipolar pode trazer, há caminhos possíveis. Com acompanhamento psicológico, apoio adequado e estratégias bem direcionadas, é possível aprender a reconhecer sinais, construir uma rotina mais estável e melhorar a qualidade de vida. O processo pode ser exigente, mas não precisa ser solitário — apoio faz toda a diferença na hora de caminhar em direção ao bem-estar.
Transtorno de humor
